sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

ATENÇÃO: www.movilisto.pt
---> É um ROUBO!!!

Queixa / Reclamação nº: 200239
Autor: Maria da Graça Eugénio
Entidade visada: Clube Movilisto
Tipo de queixa / reclamação: Roubo
Data: 2009-01-16 13:44:34


Texto da queixa / reclamação:

Verifico que não sou a única a reclamar o roubo que a movilisto tem feito, a quem cai na asneira de adquirir POR UM MÊS, GRÁTIS (é o meu caso), um toque de atendimento personalizado. A TMN informou-me que teria de mandar um sms com a palavra STOP para o nº34563, o que fiz. Qual não foi o meu espanto, quando em vez de me desactivarem o serviço, ainda me mandaram 2 mensagens (as quais me cobraram!) que não pedi! Telefonei para o 707303456 para mais uma vez cancelar o serviço que já tinha anteriormente pedido para cancelar. Além de não terem ainda desactivado, continuam a retirar-me dinheiro, e quando tento falar com um assistente, remetem-me sempre para um gravador. Além desta, falar com a DECO para verbalizar uma queixa por roubo e burla.

Entidade visada foi notificada em: 2009-01-16 13:44:34

PASSEM ESTA INFORMAÇÃO AO MAIOR NÚMERO DE PESSOAS, PARA QUE NÃO CAIAM NA ESPARRELA COMO EU CAÍ !!!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Notícia: "Charlas Sobre Língua Portuguesa: alguns dos deslizes mais comuns de linguagem" é o próximo livro de Cristóvão de Aguiar.

Cristóvão de Aguiar, já tem no prelo o livro "Charlas Sobre a Língua Portuguesa".

As "Charlas" são lições e apontamentos sobre os erros mais comuns praticados pelos falantes da Língua Portuguesa. Foram publicadas, individualmente, primeiro no blogue A Destreza das Dúvidas e, depois, em diversos jornais, a saber: Diário de Coimbra, Diário Insular, Comarca de Arganil, Nova Guarda, Correio dos Açores e Ilha Maior. Tiveram grande aceitação dos leitores e os mais rasgados elogios.
No livro, o autor dá exemplos práticos dos erros mais facilmente cometidos pelos falantes em geral e formula a sua correcção em textos de leitura agradável e didáctica.
Cristóvão de Aguiar, com a publicação deste livro, consolida e reforça a sua faceta de pedagogo na sua obra literária, sendo este mais um contributo muito válido para a Língua Portuguesa, por parte deste Autor.

"O livro já se encontra praticamente pronto, só falta um pormenor na capa. Deve, pois, sair nos princípios de Fervereiro, com a chancela da Livraria Almedina."
Comment by Cristóvão de Aguiar — January 24, 2009 @ 6:10 pm, in
A Destreza das Dúvidas


Charlas Sobre a Língua Portuguesa: alguns dos deslizes mais comuns de linguagem.
Cristóvão de Aguiar.
Coimbra : Almedina, 2009.
ISBN 978-972-40-3705-9.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Ingleses investigam contactos entre Sócrates e representantes do Freeport

Uma reunião entre representantes da Freeport Plc e o então ministro do Ambiente, José Sócrates, é uma das peças mestras da investigação levada a cabo pelas autoridades britânicas ao ‘caso Freeport’

• Tio de Sócrates conta como pôs em contacto sobrinho com representantes do Freeport

• «Dinheiro foi só para terrenos e honorários», Vieira de Almeida

• «Não tenho nada a ver com a actividade empresarial do meu tio» - José Sócrates

• Mário Lino diz que caso tem «fins políticos» para «atingir» Sócrates

• Louçã diz que caso Freeport fragiliza Sócrates

• Charles Smith afirma que não se reuniu com José Sócrates

• «É uma maçada ter uma família destas», diz Marcelo

SOL

domingo, 25 de janeiro de 2009

Portugal precisa de uma nova maioria

Entrevista interessante foi a que o ex-presidente do CDS-PP José Ribeiro e Castro deu a Maria Flor Pedroso na Antena 1 ontem, sexta-feira.

Com a lucidez que o caracteriza, Ribeiro e Castro defendeu a criação de uma nova maioria, que seja mais do que a junção de projectos partidários diferenciados mas represente uma nova visão para a sociedade portuguesa e que esteja em condições de se opor ao actual poder socialista.

Desta nova maioria entende José Ribeiro e Castro deverem fazer parte um conjunto alargado de partidos políticos, que não enumerou expressamente, mas que se percebeu facilmente serem o CDS, o PSD mas também outros como o Partido da Terra e personalidades independentes de centro e de centro-direita interessadas em tirar Portugal do estado em que o nosso País se encontra.

Ribeiro e Castro tem razão e, ainda que a título meramente pessoal, apoio a sua proposta, a qual não deve “cair em saco roto” mas sim ser desenvolvida pelos responsáveis partidários dos partidos em causa.

Está em causa o futuro de Portugal e este joga-se fundamentalmente nas próximas eleições legislativas, mas passa igualmente pelas eleições autárquicas e para o Parlamento Europeu. Ora o que assistimos é a ultimamente habitual afirmação de projectos partidários individualizados, numa lógica de afirmação própria e egoísta mas que nada contribui para alterar o actual estado de coisas do nosso País.

Torna-se pois necessário que os partidos abandonem as lógicas de poder internas e trabalhem no sentido de construir uma alternativa democrática que permita aos Portugueses voltarem a acreditar que mudar para melhor não só é desejável, como principalmente, é possível. Assim surja um projecto novo e sério para Portugal.

Portugal e os Portugueses agradecem.


Pedro Quartin Graça in www.pqg.blogspot.com
Deputado do "Partido da Terra" na Assembleia da República no grupo parlamentar do PSD

sábado, 24 de janeiro de 2009

Hipermercados têm pão
a metade do preço

Modelo-Continente e Intermarché são alvos da contestação

Industriais da panificação queixam-se de concorrência desleal

Há hipermercados a vender o pão a um preço abaixo do seu custo de produção. A acusação parte dos industriais da panificação que estão revoltados com a «concorrência desleal».

Segundo o «Correio da Manhã», em causa estão os preços que têm sido praticados pelos hipermercados Modelo-Continente e Intermarché.

Para a ACIP, Associação do Comércio e Indústria da Panificação, Pastelaria e Similares, «estes hipermercados estão a vender a carcaça a cinco cêntimos, preço inferior ao custo de produção, o que configura prática desleal e altamente restritiva da concorrência».

SOL

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Ajude a Contruir, Participe!

No actual panorama de análise da situação económica de Portugal, há duas clarificações a fazer.

Primeiro, a crise de crescimento que se vive actualmente vem sendo atribuída a um fenómeno externo, conjuntural. Isto não é assim, em grande medida: a não convergência para a média de rendimento per capita da UE dura há cerca de uma década e, por isso, em paralelo àquele fenómeno macroeconómico há um problema estrutural em Portugal.

Segundo, se existe um problema específico no País, na sua estrutura económica, coloca-se a questão de como o resolver e se é possível resolvê-los com relativa probabilidade de sucesso, dada a abertura da nossa economia. Aqui há uma luz ao fundo do túnel: parte do problema – a parte estrutura – depende em grande medida das nossas opções enquanto povo, enquanto empresários, trabalhadores, estudantes, etc.

SEGUIR EM: www.construirideias.pt

CONSTRUIR IDEIAS - Pedro Passos Coelho

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Uma das "Gafes" da Sócracia!!!

“Pequenos partidos” têm urgência na alteração à lei de financiamento

Os pequenos partidos solicitaram Novembro audiências "urgentes" aos grupos parlamentares para introduzir alterações na proposta do PS e do PSD para o financiamento dos partidos.

O deputado do MPT Pedro Quartin Graça, reiterou, em declarações à Agência Lusa, que a introdução de um regime sancionatório mais leve para os pequenos partidos é "o aspecto mais importante" destas alterações.
O pedido de audiências foi decidido na sequência de uma reunião destes partidos no sábado em Lisboa, explicou ainda Pedro Quartin Graça.
Consoante a resposta dos grupos parlamentares, outras medidas serão adoptadas pelos pequenos partidos, disse ainda Quartin Graça. O deputado do MPT na bancada do PSD, Pedro Quartin Graça, tinha considerado que a proposta do PS e do PSD para simplificar a contabilidade dos pequenos partidos "é insuficiente" e defendido um regime sancionatório mais leve.

No projecto de lei que altera a lei de financiamento dos partidos políticos aprovada em 2003, apresentado quinta-feira pelo líder parlamentar socialista, Alberto Martins, PS e PSD sustentam que se procurou atender a algumas queixas apresentadas por pequenos partidos.
O diploma prevê que os partidos cujo movimento financeiro anual, excluindo despesas com campanhas eleitorais, não exceda os 30 mil euros e que não tenham direito a subvenções públicas, podem optar por um regime de contabilidade simplificado.
Pedro Quartin Graça apelou a "alguma abertura" do PS e do PSD para que aceitem diferenciar a aplicação de coimas em função dos orçamentos dos partidos, como é feito para a simplificação da prestação de contas.
A simplificação da contabilidade dos pequenos partidos "não é suficiente" e "ficou aquém das expectativas" frisou o deputado do Partido da Terra, em declarações à Agência Lusa.

Em Junho do ano passado, oito partidos de menor expressão eleitoral tinham reivindicado a simplificação das contas e um regime sancionatório mais leve.

Enviado por Alexandre Paes

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O momentos "Top 10" de George Bush

Ainda aguardamos os "Top 10" para o nosso Socretino!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Sócrates recandidata-se à liderança do partido e pede maioria absoluta

Congresso PS

O secretário-geral do PS, José Sócrates, justificou a sua terceira candidatura à liderança do partido com o argumento do «sentido da responsabilidade» em defesa de um projecto de esquerda democrática e moderada.


José Sócrates falava na apresentação da sua moção de orientação política para o congresso do PS, entre 27 de Fevereiro e 1 de Março, em Espinho, intitulada PS: a força da mudança.

No Centro Cultural de Belém, na plateia, estavam o presidente do PS, Almeida Santos, o coordenador da moção, António Costa, bem como vários dirigentes do PS, membros do Governo e o ex-ministro da Saúde Correia de Campos.

Perante cerca de três centenas de pessoas, na sua maioria militantes socialistas, Sócrates começou por vincar que esta é a terceira vez que se candidata à liderança do PS.

«Esse é o meu dever. Nunca virei as costas à responsabilidade. Não sou daqueles que apenas estão disponíveis quando os ventos estão de feição», declarou.

Lusa/SOL

domingo, 18 de janeiro de 2009

"O PSD não teme cenário de eleições antecipadas"

Entrevista a Pedro Passos Coelho:

Fez um caminho diferente: começou na política e foi líder da JSD, estudou para mergulhar na vida empresarial. Foi daí que há pouco emergiu, depois de dois casamentos e três filhos, para disputar o partido e com a ambição de chegar a primeiro-ministro. Tem planos e confessa, à margem da entrevista, que gostaria de ver o Estado sair do controlo das grandes empresas e dos bancos. Não acredita que o Estado seja a cura para todos os males
Há uma parte do País que o vê mais como oposição a Manuela Ferreira Leite do que empenhado em derrotar o PS nas próximas eleições. O que pensa deste facto?

Bem, eu espero que quer dentro do PSD quer fora a perspectiva não seja essa. Porque aquilo que me motiva é trazer, por meio do PSD, um discurso de mudança e de esperança para a sociedade portuguesa.

Pacheco Pereira repetidamente o diz.

Pode haver pessoas que tenham outro entendimento e Pacheco Pereira normalmente discordou de mim, portanto, não é uma grande novidade. O que é importante é que as pessoas percebam que o que me motivou quando me candidatei a líder do PSD nas últimas eleições directas foi trazer uma mensagem de mudança e de esperança para a sociedade portuguesa que, no meu entendimento, conseguia, com um conjunto de gente preparada, levar ao País. Perdi as eleições e, talvez, o facto de ainda estarem relativamente próximas possa ajudar a manter viva a ideia de alternativa que constituí dentro do PSD. Teria preferido ganhar, mas aceito o resultado das eleições. Isso não impede que não dê o meu contributo à afirmação do PSD com as minhas ideias, e é isso que tenho feito.

Ao dar o contributo mantém-se na primeira linha. Pretende ser presidente do PSD?

Se algum dia o PSD precisar de mim para esse efeito, se achar que as ideias que defendo podem ser importantes para a mudança do partido ou do País, eu estarei presente.

Mesmo antes das próximas eleições legislativas?

Não e isso é uma questão diferente. Essa é a questão de saber se Manuela Ferreira Leite vai levar o seu mandato até ao fim ou não. Eu julgo que tem todas as condições para levar o seu mandato até ao fim porque foi eleita directamente pelos militantes. Qualquer líder partidário que seja eleito por esse processo só sai se na sua avaliação, e na das pessoas que o acompanham, da sua equipa, falharem as condições para obter um bom resultado nas eleições. Essa avaliação deve ser feita por ela. Digo a este propósito o que disse na altura a Filipe Menezes: nunca pedi a demissão de Filipe Menezes, nem a de Ferreira Leite pedirei. Essa avaliação tem de ser feita pelos dirigentes do partido.

Mas há o pós-eleições. Se Ferreira Leite perder as eleições, anuncia no dia seguinte a candidatura à liderança ou deixa novamente a política?

A avaliação do que se deve fazer a seguir às eleições é uma matéria que só pode ser vista nessa altura. Portanto, não vou fazer nenhuma especulação sobre isso. Não é pelo facto de ter perdido as eleições que deixarei de pensar o que penso sobre o País e sobre o PSD e se um dia essa minha visão se voltar a encontrar no momento eleitoral, eu estarei presente e defenderei essas minhas ideias. Não sou uma espécie de eterno candidato à liderança do PSD, daqueles que ficam, rezingonamente, sempre à espera de uma oportunidade para se candidatarem àquele lugar. No é isso que me motiva! Enquanto não tiver a percepção de que os militantes do PSD recusam liminarmente uma alternativa e uma via como aquela que eu proponho, tenho obrigação de lutar pelo que acredito. E é isso que farei, e que faço.

Há gente que olha para o PSD e desconfia que já não é alternativa ao PS. As últimas sondagens demonstram que é longo o caminho para o PSD!

Com a apreensão própria de quem não pode desvalorizar inteiramente as sondagens, porque elas são retrato momentâneo daquilo que se passa, mas quando repetido dão um sentido de que há coisas que nós precisávamos de fazer e que ainda não estamos a fazer. Na quinta--feira, Manuela Ferreira Leite disse que era preciso ainda dar algum tempo para que as pessoas assimilassem o novo caminho que o PSD está a fazer. Espero que esse momento de viragem, esse clique com o País, aconteça muito rapidamente, porque a enraizar-se a ideia de que o PSD não é alternativa, isso significa.

A mensagem do PSD não está a passar para o País?

Não é uma questão subjectiva, é objectiva e reconhecida pela própria presidente do PSD. Eu acho que quando as pessoas estão a ouvir os políticos a pior coisa que um político pode fazer é fazer de conta que a realidade não existe. E essa circunstância é verdadeira, o PSD tem de ter uma afirmação maior e é necessário fazê-la não em nome de qualquer resultado eleitoral, que seja vantajoso para o partido, mas em nome de uma ideia de mudança para o País. E é esse projecto, conforme tenho vindo reiteradamente a afirmar, que é indispensável que comece a passar para o exterior do PSD e que as pessoas o possam percepcionar.

Já disse há dois meses que o PSD não tinha muito tempo para criar uma alternativa ao Governo. Até sugeriu uma aceleração para chegar aos eleitores de modo mais rápido!

E mantenho o que disse!

Não mudou nada em dois meses?

A estratégia que foi adoptada, de deixar para mais tarde a apresentação de um projecto alternativo, teve, como eu temia, um custo efectivo. E esse custo está reflectido nestas sondagens. É importante que o PSD não perca mais tempo a apresentar o seu programa e tenho dado os meus contributos.

Também o disse há dois meses. Está preocupado com o passar do tempo?

Claro que estou preocupado!

Se o clique não acontecer rapidamente, voltará a discussão sobre quem será o líder do PSD que melhor enfrentará José Sócrates nas próximas legislativas?

Julgo que aquilo que resultará, em nome da estabilidade do PSD e da criação de condições para uma afirmação importante do PSD na opinião pública, tal como o que resulta da minha acção e da minha vontade, já está esclarecido. Respeito os resultados eleitorais, acho que Ferreira Leite tem toda a legitimidade para ser candidata a primeiro-ministro, acho que o PSD deve formalizar o mais rapidamente possível - há dois meses já era tarde, agora mais tarde é - as suas propostas. Eu dou um contributo no sentido de dizer o que é que acho que é importante que o PSD transmita ao País.

E há quem diga que passa a vida a marcar politicamente a líder. Isso é bom ou mau?

Não tenho feito nenhuma marcação a Manuela Ferreira Leite, e, ao que parece, ela própria reconheceu isso ainda esta semana numa entrevista. Não é esse o entendimento que ela própria faz, não é essa a minha intenção.

A imprensa é perversa quando faz essa interpretação?

Não é o que subjaz àquilo que é a minha preocupação, que é poder ajudar a trazer pessoas que não estão dentro do PSD para a área do partido. Trazê-las para as ouvir e pôr a debater para que o PSD possa ter um mecanismo mais alargado junto da sociedade civil, de percepção do que é que são as preocupações das pessoas e quais são as novas soluções que devem procurar-se, mas, também, de poder trazer algum factor de diferenciação em relação ao PS.

Há uma componente interna do PSD, dirigentes como João Jardim, que já fez um ultimato à presidente de que até ao fim de Fevereiro tinha de provar o que é que vale. Temos Menezes a preparar um congresso... O PSD tem a certeza de que deve ser Manuela Ferreira Leite a ir a eleições?

Não posso falar pelas outras pessoas, Jardim ou Menezes. Não tenho tido esse entendimento.

Mas pode comentar...

Alberto João Jardim até já mudou de opinião! Acho que das duas, uma: ou Ferreira Leite e a sua equipa acham que têm tónus suficiente, que têm ideias suficientemente diferenciadoras face ao PS, porque são essas as condições para que o PSD se afirme na sociedade portuguesa! Não é ter toda a gente dentro do PSD de acordo com o que está decidido, isso nunca existirá nos partidos! É saber: as nossas ideias são as ideias certas? Chegam às pessoas? Fazem esse clique com as pessoas, as pessoas acreditam que é por aí que se tem de mudar? Estas são as condições que são necessárias. Se temos essas condições, vamos para a frente! A minha lealdade é ao PSD, não em particular a uma pessoa, impõe-me a obrigação de ajudar a direcção do PSD e o partido a alcançar esse resultado. Ajudar com as minhas ideias... Se a direcção do PSD ou Manuela Ferreira Leite entenderem que não têm essas condições - quando acontecer, daqui a um mês ou daqui a três -, se acharem que não têm então, não temos que andar a fazer nem congressos nem outras coisas, tem de se fazer eleições! Há uma demissão e há eleições. Se me pergunta: "Acha que é muito útil, em ano de eleições, os partidos estarem a precipitar"

Também não acha o melhor?

Ninguém acha, mas se a avaliação for negativa não viraremos a cara aos problemas e estaremos disponíveis e prontos. Há uma coisa que eu garanto: o PSD não tem nenhuma razão para temer cenários de antecipações de eleições ou confrontos com o eleitorado. Esteja esta direcção muito convencida do seu papel ou não, porque os partidos estão muito para além dos seus presidentes e das suas equipas directivas. Se o PSD precisar de ir a eleições, estará sempre preparado, terá propostas e ideias suficientes para mobilizar a sociedade portuguesa, é o meu convencimento, por isso é que faço parte do PSD.

Se fosse líder do PSD, Santana Lopes era o seu candidato à Câmara de Lisboa?

Quando me candidatei, disse que a escolha dos candidatos às câmaras deveria ser uma decisão eminentemente das secções do PSD e das distritais.

Então está de acordo?

Da mesma maneira que entendo que a escolha do Governo ou a escolha dos candidatos à Assembleia da República devem ser eminentemente - não só, mas eminentemente - uma escolha nacional. E disse mais, que se fosse vontade dos militantes do PSD de Lisboa e do próprio Santana Lopes que ele se candidatasse à Câmara de Lisboa, teria o meu apoio para isso. Há alguns meses disse que achava que ele era um candidato forte e é o que penso hoje também.

Então considera que Gonçalo Amaral deve ser o candidato do PSD em Olhão?

Acho que o papel da Comissão Política Nacional, no caso das escolhas autárquicas, deve ser sobretudo no sentido de facilitar, ajudar.

A líder do PSD acha que Amaral não faz sentido em Olhão.

Não acompanhei o processo de Gonçalo Amaral. Se ele não for contrário ao programa do PSD, e, portanto, se não for um absurdo ter a candidatura de alguém que, no fundo, funciona como um cavalo de Tróia no PSD, e se tem o apoio da secção e da distrital por que razão é que a Comissão Política Nacional há-de interferir no processo? Eu aqui tenho uma posição subsidiária, acho que ser presidente de um partido não é ser dono dele. E ter ideia de que não se é dono não quer dizer que não se tenha autoridade ou que não se saiba por onde é que se quer caminhar. Se existem comissões políticas distritais e secções, elas têm uma finalidade. Se não, pelo menos, a possibilidade de escolher os seus candidatos às câmaras, então para que é que existem as bases do PSD e as estruturas intermédias?

E devem ser as bases do PSD a constituir as listas de deputados às próximas eleições?

Aí é diferente! Tem de haver uma partilha de responsabilidades, não pode ser de outra maneira. Penso que os candidatos devem ter ligação aos círculos que vão representar, apesar de a eleição ser nacional e de o deputado ter um mandato nacional, mas ninguém ignora que os círculos são distritais, justamente para que os candidatos possam manter uma ligação muito directa a eles. E tem de haver um equilíbrio de várias posições entre maneiras de ver e sensibilidades internas, visões que se tenham daquele que deve ser o programa do PSD.

Há quem defenda que as autárquicas e as legislativas devem ser no mesmo dia. Que calendário propõe para 2009?

A presidente do PSD já veio dizer que não concorda com uma antecipação das eleições para Junho, e essa será a posição do PSD. Não posso deixar de respeitar a decisão, que espero não seja entendida como um receio face às eleições porque o PSD não tem de mostrar nenhum medo. Já disse, a propósito destes calendários, há nove ou dez meses, e não mudei a maneira de pensar: acho que num ano com tantas eleições se tiver de haver coincidência de eleições para não sujeitar o País a tantos actos eleitorais consecutivamente melhor. Faz mais sentido que as legislativas possam coincidir com as europeias do que poderem coincidir com as autárquicas.

Nisso está de acordo com José Sócrates...

Sim, mas não sei o que é que José Sócrates pensava em Abril do ano passado. Eu pensava isso e disse numa altura em que não havia sondagens.

Mas coincidirem as autárquicas com as legislativas era o melhor para o PSD?

Não sei se seria melhor para o PSD, admitamos que poderia ser melhor mas acho que o PSD não tem de estar aqui a olhar para o umbigo - egoisticamente - sobre o que lhe parece dar mais jeito em função do que são hoje as sondagens.

Portanto, parece-lhe melhor para o País?

A mim parece-me melhor para o País e vou explicar porquê: em primeiro lugar, porque apesar de os eleitores não fazerem grande confusão com as escolhas no plano local e nacional, as estruturas e as pessoas nos partidos que fazem as campanhas eleitorais são basicamente as mesmas! Ora, o PSD é um partido que mais implantação autárquica tem o que quer dizer que a maior parte das pessoas no PSD estará empenhadíssima em renovar os seus mandatos autárquicos. Pergunto, quem é que faz a campanha nacional? Faz-se só na televisão e na rádio?

É a tendência.

Há quem defenda que essa dinâmica do PSD como maior partido autárquico poderia rebocar para um melhor resultado nas legislativas se elas se disputassem na mesma altura. Poderia ter essa vantagem mas já no passado esse efeito não é indiscutível. Prefiro começar com uma vitória, dá outro ânimo ao partido. O que eu sei é que não há consenso para que as eleições ocorram antes e o próprio primeiro-ministro não deve estar muito empenhado ou não teria criado o conflito com o Presidente da República.

É um foco de tensão?

O primeiro-ministro e o PS estiveram muito mal na questão do Estatuto dos Açores.

E o PSD?

Discordei e isso foi público.

Votaria contra?

Com certeza, porque estava a mexer-se no equilíbrio constitucional no que respeita aos poderes do Presidente da República e o actual Parlamento está a prescindir de deliberações inaceitáveis.

Há ou não um foco de tensão entre o Presidente da República e o primeiro-ministro?

Há e foi uma péssima maneira de começarmos 2009. O Presidente deu várias vezes prova de que está empenhado nessa cooperação e o Governo teria uma boa oportunidade de não se sujeitar ao calendário eleitoral e ao interesse do PS.

É um liberal assumido. Quando os governos reforçam a intervenção, tem mais dificuldade em passar essa mensagem?

Eu sou do PSD, que se baseia num princípio de reformismo e de liberalismo.

Prefere o modelo social europeu ou o liberalismo dos Estados Unidos?

Nós precisamos de um Estado regulador e solidário. Estou mais próximo do modelo europeu mas acho que em Portugal se tornou demasiado discricionário e pesado. Eu dei o exemplo da Caixa Geral de Depósitos, onde convinha que o Estado mostrasse que não intervém para proteger os amigos e sem critério. E há a RTP...

Devia haver accionistas privados na Caixa?

Não há condições para estar a fazer privatizações agora, mas devia haver uma entidade a que a CGD se devesse explicar.

Se um dia chegar ao poder, resistirá à tentação de um discurso antes e um depois.

Espero que os políticos da minha geração percebam que esse resultado é demasiado penoso para os países e para a própria classe política e que isso deve ser abandonado em definitivo. Se eu conseguir acrescentar alguma coisa, excelente, a ideia não é ficar no Governo a vida inteira.

DN - João Marcelino & Paulo Baldaia

sábado, 3 de janeiro de 2009

Sondagem terminada em 31 de Dezembro de 2008




Sondagem realizada no ano passado tendo ficado a intenção de voto pela seguinte ordem:

PS > 28 Votos
PSD > 18 Votos
PCP > 15 Votos
BE > 15 Votos
MPT > 7 Votos
CDS-PP > 3 Votos
PPM > 1 Voto

Num total de 114 participantes manifestaram-se 27 descontentes entre os quais 12 assumiram não votar...