quarta-feira, 7 de março de 2007

Reze...Mas Mexa-se...

Tão pequenina observada da imensidão do cosmos...ei-la: a nossa Terra comum, hoje na primeira ordem do dia, nas páginas dos jornais, revistas, notícias televisivas, Óscares que galardoam um documentário com a assinatura de quem foi Vice-Presidente dos Estados Unidos da América.

Diz muito esse documentário, mas pouco da forma como ele perdeu umas eleições que afinal ganhou. Como seria o mundo hoje com Al Gore Presidente da Nação mais influente do mundo? Necessariamente diferente, melhor certamente.

O documentário galardoado narra-nos um tempo que vai chegar mas que, na verdade, já todos o sentimos. Sempre foi oportuno, mas agora que o verde invade a agenda política, vamos pôr em prática esta velha máxima política: nenhum homem fica de fora, o mesmo é dizer que todos somos poucos para contribuir para esta causa entre gerações.

Por cá, tarda a chegar essa consciência. É tão simples, temos hoje uma infinidade de meios, opções, decisões, para mudar o rumo. A vontade, essa, é que demora. Espero é que ela não seja demasiado tarde um dia.

Al Gore explica isso no documentário a partir de um exemplo familiar. O pai era produtor de tabaco, a sua irmã, mais velha dez anos, uma fumadora compulsiva. Não resistiu a um cancro pulmonar causado pelo tabaco, como seria bastante provável de vir a suceder. O pai de Al Gore abandonaria a produção de tabaco após a sua morte. Estabeleceu uma conexão entre a produção de tabaco, o consumo e morte prematura da filha provocada por um cancro onde o consumo do tabaco foi o principal responsável.

No sábio provérbio africano, dito numa forma imperativa, Reze, mas mexa-se também, afinal um convite para que nos envolvamos todos os dias nas causas planetárias, gestos simples de grande dimensão; desde o representante que elege, ao pequeno, afinal grande gesto de separar o lixo, para que tudo se reinicie.

Julgamos que são indiferentes os nossos actos quotidianos. Não acredite.
Acredite, sim, que você é o agente da mudança, o político mais capaz, basta que acredite e vontade lhe sobre. Verá que não custa nada. A Terra é o nosso ídolo. Este pequeno grande planeta. Generoso, farto, que nos possibilita viver, se quisermos, em felicidade.

[Deputado LUÍS CARLOTO MARQUES in "A Cidade e as Serras"]

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