Presidente da Antram apela à desmobilização
O presidente da ANTRAM, António Mousinho, apelou à desmobilização dos profissionais de transportes de mercadorias que se encontram em piquetes espalhados pelo país, uma vez que, na sua opinião, «com o acordo alcançado, deixa de haver razões para o protesto»
«A Antram aconselha os seus associados (caso existam associados envolvidos nos protestos), a que consultem a associação para se esclarecerem sobre as medidas hoje acordadas com o Governo» , disse António Mousinho após uma reunião com o ministro Mário Lino.
O dirigente da ANTRAM apelou também a todos os camionistas para que abandonem os piquetes, de forma ordeira, «para que a situação seja restabelecida rapidamente».
António Mousinho explicou que compreende as razões do protesto e justificou não ter apoiado os protestos porque «estavam em curso negociações com o Governo».
Portagens reduzidas, no período nocturno, para profissionais do sector do Transporte de mercadorias, a majoração das despesas de combustíveis para efeito de despesas em sede de IRC, num mínimo de 20 por cento, já em 2009, o valor do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) inalterado e a manutenção, para os próximos três orçamentos do Estado, do imposto de camionagem nos valores de 2007.
Estas são algumas das medidas acordadas entre a direcção da Associação Nacional dos Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicaçõe, em reunião que terminou pelas 19h00, em Lisboa, segundo disse António Mousinho, da ANTRAM.
O acordo contempla ainda uma indexação do frete ao custo do aumento dos combustíveis, e determina um prazo máximo de 30 dias para pagamento de facturas aos transportadores, com coimas para os casos de incumprimento.
Entre as medidas conta-se ainda uma forma especial de pagamento do IVA, já em vigor para o próximo ano fiscal.
Apoios específicos para a renovação de frotas, e para o abate de veículos em fim de vida e também subsídios para a formação profissional são outras medidas acordadas entre o Governo e a ANTRAM.
Nesta reunião, que teve início pelas 11h00 e terminou depois das 19h00, houve dificuldade na obtenção do acordo, uma vez que, segundo António Mousinho, foi difícil obter consenso em determinadas medidas que envolviam diferentes ministérios.
A reivindicação de gasóleo profissional não faz parte do acordo obtido entre as partes.
Lusa / SOL
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Crise / Combustíveis
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